A aeronave era uma das mais assíduas nos principais aeroportos do mundo durante os anos 1980 e 1990
Por Ernesto Klotzel Publicado em 07/11/2017, às 07h00 - Atualizado às 18h31
Em 2019, os veneráveis jatos com motores traseiros devem ser substituídos por modelos mais modernos por uma das principais companhias dos Estados Unidos. Nos próximos dois anos, a American Airlines pretende encerrar um ciclo dos MD-80.
A frota norte-americana de MD-80 e MD-90 atingiu o pico de 683 aeronaves em 2000. À época, os modelos só perdiam para as 1.077 unidades da família 737 da Boeing, desconsiderando os 737-100/-200 concorrentes do DC-9.
A American, baseada em Fort-Worth, planeja encerrar o ano de 2017 com 45 jatos MD-80, "encolhedo" para 26 unidades no outono de 2018. Todos os MD-80 da aérea serão baseadas no hub de Dallas/Fort Worth, após o fechamento da base de pilotos em Saint Louis. A aeronave de 140 lugares está sendo substituida pelo Boeing 737-800 para 160 passageiros.
A American foi a primeira aérea de peso nos Estados Unidos a se comprometer com o MD-80 – inicialmente, em 1982, na forma de leasing de 20 aeronaves cedidas pela McDonnell Douglas. Segundo o acordo, os jatos poderiam ser devolvidos após 5 anos sem multa, ou antes, pagando uma taxa de cancelamento.
Antes deste arranjo, a Air Cal, Frontier Airlines, Hawaiian Airlines e Muse Air eram as únicas aéreas dos EUA operando o MD-80. Mais tarde, também em 1982, a TWA seguiu a American, encomendando 15 jatos do tipo.
Inicialmente, a American pensou em substituir os 727-100 em sua frota devido à flagrante economia de combustível proporcionada pelo MD-80, mudando o conceito sobre sua utilização como “agente de crescimento”, encaminhando à Boeing, em 1984, uma encomenda de 167 unidades do MD-80: 67 firmes e 100 opções.
Em 2007, a American operava mais de 300 jatos MD-80 – a frota passou a encolher a cada ano, à medida que os modelos mais antigos eram retirados de operação