American Airlines e Jetblue vão encerrar parceria na próxima semana

Segundo decisão de um juiz federal, acordo entre a American Airlines e a Jetblue era prejudicial a concorrência e aos consumidores

Por Wesley Lichmann Publicado em 14/07/2023, às 12h17

Voos em Nova York e Boston faziam parte da aliança entre as companhias aéreas - Divulgação

A American Airlines e a Jetblue estão encerrado a parceria comercial implementada em 2020, dois meses depois de uma decisão da justiça norte-americana determinar que o acordo violava leis antitruste.

Com a decisão a American Airlines informou hoje (14), que os voos compartilhados com a Jeblue deixarão de ser vendidos a partir do dia 21 de julho. Os clientes das companhias aéreas terão até o dia 20 do mesmo mês para atualizar suas reservas em ambas as empresas.

Em comunicado, a American diz que "este é apenas o primeiro passo no processo de liquidação que ocorrerá nos próximos meses. Continuaremos a trabalhar com a equipe da Jetblue para garantir que os clientes que já possuem reservas em codeshare possam viajar sem interrupções em seus planos de viagem."

A Aliança do Nordeste (Northeast Alliance – NEA), foi anunciada no segundo semestre de 2020 e recebeu aprovação do Departamento de Transportes (DoT) dos Estados Unidos, em janeiro de 2021.

O acordo englobava as operações nos aeroportos de Nova York e Boston, com cerca de 700 voos diários nas duas principais cidades da Região Nordeste dos Estados Unidos.

Em maio, após uma ação movida pelo Departamento de Justiça (DoJ), um juiz ordenou o bloqueio dos voos compartilhados entre a American Airlines e a Jetblue. A administração Biden alegava que o acordo prejudicava a concorrência e era ruim para os consumidores.

Em contrapartida, as companhias aéreas justificaram que a aliança era necessária para competir com a Delta Air Lines na costa leste.

Na semana passada, a Jetblue reiterou que discordar da decisão, mas disse que não apelaria da determinação, e afirmou que deixaria a aliança com a American, concentrando esforços na aquisição da Spirit, por US$ 3,8 bilhões.

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