Fabricantes estão entregando aviões com grande atraso, provocando reações de clientes
Por Marcel Cardoso Publicado em 23/01/2023, às 08h37
A alta nas queixas pelos atrasos das entregas de aviões da Airbus e da Boeing estão fazendo com que companhias aéreas e empresas de arrendamento recorram a pedidos de indenizações como uma forma de compensação.
Segundo uma reportagem do canal por assinatura norte-americano Cnbc, os fabricantes estão efetuando as entregas com uma média de três a seis meses de atraso, ainda sob efeito dos estragos que a pandemia de covid-19 fez às cadeias de suprimentos no setor aéreo.
Os contratos entre as partes prevêem detalhadamente a exclusão de fatores externos, principalmente relacionados às intempéries climáticas, como uma forma de isentar tanto a Airbus e a Boeing de efetuar qualquer tipo de indenização em caso de atraso, o que, teoricamente, não é o caso.
Ambas fecharam o ano de 2022 com entregas abaixo da média, invocando justamente os fatores externos como os responsáveis pelo problema, com o agravante de que os fabricantes não estão avisando com antecedência sobre os atrasos das entregas aos clientes.
Airbus e Boeing informaram que a situação é resultado de uma combinação de fatores: da pandemia a cadeias de suprimentos fracas e um aumento repentino na demanda, naturalmente causada pelo reaquecimento do setor com a reabertura dos mercados internacionais.