Aeroporto do Recife é o primeiro a receber certificação contra atos ilícitos

Aeroporto internacional do Recife recebe reconhecimento inédito da ANAC pela implantação do SGSE

Por Marcel Cardoso Publicado em 12/06/2025, às 09h18

Sistema SGSE implantado pela Aena no Aeroporto do Recife é o primeiro do país a receber reconhecimento da Anac por reforçar a gestão de segurança contra ameaças à aviação civil - Aena Brasil/Alvaro Neto

O Aeroporto Internacional do Recife tornou-se o primeiro terminal do Brasil a ser certificado pela ANAC pela implantação do Sistema de Gerenciamento da Segurança da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita (SGSE). O reconhecimento foi oficializado na terça-feira (10), em cerimônia realizada em Brasília, marcando um avanço inédito na segurança operacional do setor aeroportuário brasileiro.

O SGSE é uma metodologia de gestão reconhecida internacionalmente que promove a cultura de segurança na aviação civil (Avsec), por meio de práticas organizacionais integradas, preventivas e mais eficientes. A implementação do sistema no terminal pernambucano foi conduzida pela Aena, atual administradora do aeroporto e maior operadora aeroportuária do Brasil e do mundo.

A ANAC classificou o projeto como um “marco histórico” para a gestão da segurança da aviação civil no país. De acordo com Marcos Vinícius Castellani, gerente técnico da ANAC, a implantação do SGSE estabelece novos parâmetros para a segurança nos aeroportos brasileiros e abre espaço para modelos de gestão mais modernos entre operadores e autoridades reguladoras.

O reconhecimento foi resultado de uma avaliação técnica que incluiu diagnósticos, oficinas e entrevistas com profissionais do aeroporto, empresas prestadoras de serviços de segurança e vigilantes. A ANAC considerou que o sistema implantado em Recife atende aos padrões da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) e demonstra capacidade de identificar, avaliar e mitigar riscos com maior precisão.

Segundo Marcelo Alexandre Rosa, gerente de Segurança Avsec da Aena no Brasil, o modelo permite otimizar recursos, reforçar a confiança entre os atores da comunidade aeroportuária e ampliar a atuação preventiva na área de segurança da aviação.

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