Um novo procedimento de navegação no aeroporto do Recife permite operações com visibilidade mais reduzida do que o habitual
Por Marcel Cardoso Publicado em 25/08/2023, às 12h44
Um novo procedimento de navegação aérea entrou em vigor no último dia 10 no aeroporto do Recife (REC).O RNP-AR permite a operação com visibilidade mínima de até 100 metros de altura e 1.400 metros de distância da pista, 50 e 800 metros a menos do que antes, respectivamente.
O procedimento funciona por meio de equipamentos de geolocalização embarcados nas aeronaves. Segundo a Aena Brasil, concessionária que administra REC, já estão sendo tomadas providências para o religamento completo do ILS, sistema gerido pelos órgãos de navegação aérea e que permite a aproximação por instrumentos em solo, informando a localização da pista e a rampa de pouso.
Como a pista passou por melhorias, inclusive com a instalação de zonas de segurança antes inexistentes, como as Runway Escape Safety Areas (Resas), um dos equipamentos do ILS (Glide) precisa ser movido para funcionar de acordo com a nova localização da cabeceira.
No fim de maio, para cumprir as obrigações contratuais da concessão, a cabeceira da pista teve que ser realocada e o Glide, desativado. O desligamento é imprescindível até que sejam concluídos o processo de análise do reposicionamento do equipamento e a revisão das cartas de navegação pelos órgãos de navegação aérea, que estão em andamento. Caso o equipamento permanecesse ligado, poderia induzir os pilotos ao erro.
A concessionária informou que mantém reuniões e trocas de documentos com os órgãos competentes desde o segundo trimestre de 2022. Em dezembro de 2022, foi aberto o processo de ajuste junto ao Cindacta III e entre maio e junho, ajustes ao projeto foram solicitados e entregues pelo aeroporto.
A concessionária informou que os trabalhos de ajustes e calibragem devem estar completados em cerca de 20 dias, seguindo-se então os prazos para elaboração e publicação das novas cartas de navegação. O ILS permitirá a operação com visibilidade mínima de cerca de 70 metros de altura e 1.200 metros de distância, um ganho adicional menor do que o obtido agora com o novo procedimento RNP-AR.