Aeroporto de Amsterdã pode ter sua capacidade reduzida de vez

Por pressão de moradores do entorno, aeroporto de Amsterdã pode ter sua capacidade reduzida de vez

Marcel Cardoso Publicado em 06/10/2022, às 13h47

Capacidade do aeroporto já havia sido reduzida por conta da escassez de pessoal - Amsterdam Schiphol Airport/Divulgação

Cerca de três meses após o início do caos aéreo provocado pela escassez de pessoal nos maiores aeroportos da Europa, o governo holandês pegou carona nas consequências da crise e determinou a redução definitiva de 12% do volume anual de voos em Amsterdã (AMS), a partir de 2023.

Diferente do que aconteceu na alta temporada do verão europeu, o intuito agora é reduzir as emissões de CO2 e a poluição sonora, após moradores do entorno do aeroporto de Schiphol acionarem o governo na Justiça por conta do excesso de ruído das aeronaves.

A KLM, que possui o seu principal centro de operações (hub) no local, reagiu e disse que a redução de movimento no aeroporto não beneficia ninguém e argumentou que isto limitaria a capacidade de ganho das companhias aéreas para poder investir em sustentabilidade.

O governo está agora procurando a solução para melhorar o equilíbrio no encolhimento de Schiphol. Os cálculos mostram que a renovação da frota é uma alternativa melhor para reduzir as emissões de ruído e CO2. Então esta é a melhor solução para todos”, segundo Marjan Rintel, CEO da companhia aérea. “Gostaria de ter uma conversa com o governo sobre isso. Apenas baseada em números e fatos”. 

Como AERO Magazine informou no fim de setembro, a política de limitação de atendimento de passageiros em AMS continuará pelo menos até março de 2023, enquanto as companhias aéreas possam fazer um planejamento de longo prazo, a fim de se adaptarem ao atual quadro de déficit de funcionários para atender a demanda atual.

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