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Pós-União Soviética

Rússia apresenta novo avião comercial

MC-21 pretende disputar o bilionário mercado de 130-160 assentos dominado por Airbus e Boeing


A russa Irkut Corporation, uma subsidiária da United Aircraft Corp., realizou o roll-out do MC-21, o primeiro avião comercial desenvolvido na Rússia após o fim da era soviética com capacidade acima dos 160 assentos.

O modelo segue conceitos próximos ao adotado nas aeronaves ocidentais, incluindo parte dos sistemas fornecidos por empresas da Europa e Estados Unidos. Assim como o Superjet, desenvolvido pela Sukhoi em parceria com o grupo italiano Finmeccanica, o MC-21 rompe com grande parte dos padrões estabelecidos pela indústria russa desde o início da aviação. De acordo com as especificações divulgados pela Irkut, existem duas versões planejadas do MC-21-200, com capacidade para até 132 assentos e o MC-21-300 para até 163 passageiros.


MC-21 é o primeiro avião comercial de médio porte completamente desenvolvido após o final da era soviética.

De forma bastante ambiciosa a Irkut espera conquistar parte do mercado hoje dominado pelas família Airbus A320 e Boeing 737NG, prometendo até 15% mais eficiência no consumo de combustível e uma redução de aproximadamente 20% nos custos operacionais, em relação aos concorrentes diretos. Entre as maiores inovações do MC-21 é a adoção dos motores Pratt & Whitney PW1400G-JM, similares aos utilizados pela família Airbus A321neo e Embraer E-Jet E2.

O preço estimado de cada MC-21-200 é de US$ 35 milhões, quase um terço do valor de um A320ceo e 737-700. Em relação as novas famílias a diferença é ainda maior, chegando a custar praticamente quatro vezes menos que o A320neo e 737 MAX 8.

A Irkut afirma ter uma carteira de pedidos firme para 175 aeronaves, sendo 50 delas encomendadas pela Aeroflot,a principal companhia aérea da Rússia.

A Irkut acredita que o primeiro voo deverá ocorrer dentro de um ano, com a certificação ocorrendo em meados de 2018. Os planos do governo russo é produzir até 20 unidades anuais a partir de 2020, podendo a marca de 70 aeronaves por ano em 2023, números pouco expressivos se comparados aos rivais ocidentais.

Redação
Publicado em 10/06/2016, às 14h00 - Atualizado às 14h42


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