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Sem indícios de sabotagem

Relatório aponta desorientação espacial do piloto em acidente com Teori Zavascki

Cenipa aponta condições meteorológicas abaixo dos mínimos no momento do acidente


A investigação sobre o acidente que vitimou o ministro Teori Zavascki, em janeiro de 2017, apontou que a aeronave estava em condições normais. Em coletiva realizada pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), em Brasília, os militares mostraram que, embora o King Air estivesse com suas condições de voo dentro do esperado, a visibilidade em Paraty estava abaixo dos mínimos requeridos.

Ainda que não tenha divulgado o relatório final, o Cenipa apresentou resultado similar ao da Polícia Federal, que não foram apontados indícios de sabotagem.

Segundo os investigadores da Aeronáutica, a condição mínima para pouso em Paraty é de visibilidade horizontal de 5.000 metros e teto de 1.500 pés (450 metros). Contudo, a meteorologia na região era adversa, com chuva intensa e baixa visibilidade. A possibilidade comum aos dois relatórios é de desorientação espacial do piloto, que possuía 7.464 horas de voo, sendo quase 3.000 apenas nos modelos da família King Air.

Acidentes fatais na região de Paraty e Angra dos Reis, em condições meteorológicas adversas, têm sido uma trágica rotina. Personalidades públicas como o deputado Ulysses Guimarães e o empresário Eduardo Tapajós perderam suas vidas em acidentes similares.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 22/01/2018, às 17h20 - Atualizado às 19h42


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