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Ryanair rebatiza 737 MAX mas descarta associação com proibição dos voos

Aeronave é fotografada ostentando o nome 737-8200 no nariz


@Woodys Aeroimages

A irlandesa Ryanair deverá ser a primeira empresa aérea a criar uma nova nomenclatura para o 737 MAX. Algumas imagens mostram o primeiro modelo com a designação 737-8200 inscrita no nariz. Trata-se de um 737 MAX 200 que está em processo de certificação e deveria ser entregue ainda em 2019.

A empresa é cliente de lançamento do 737 MAX 200, uma versão do 737 MAX 8 com capacidade para 197 passageiros, em classe única e com layout de cabine de alta densidade. A Ryanair é a maior empresa aérea low cost da Europa, oferecendo serviços simplificados e tarifas menores que seus concorrentes em diversas rotas. Todavia, o temor é que a associação com o nome MAX possa trazer danos à imagem da empresa aérea, que opera exclusivamente com a família 737 e espera renovar a totalidade de sua frota com a série 737 MAX.

A mudança no nome foi uma alternativa criativa ao suprimir a inscrição MAX, substituindo pelo modelo -8, do qual o MAX 200 é derivado.

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Com os atrasos nas entregas do 737 MAX, que continuam sem previsão de retorno em todo o mundo, a Ryanair deverá receber 28 aviões a menos que o previsto ao longo de 2019, o que deve alterar parte da malha planejada para o inverno. A proibição de voos dos 737 MAX também devem impactar no total de passageiros, que deve forçar a empresa encerrar o ano com 157 milhões de passageiros transportados, uma redução na ordem de 5 milhões em relação a previsão inicial.

A empresa aérea irlandesa continua comprometida com o 737 MAX e espera a normalização do crescimento já em 2021. “A Ryanair continua trabalhando com a Boeing e EASA para recuperar esses atrasos durante o inverno de 2020, para assim restabelecermos nosso crescimento a níveis normais no verão de 2021”, afirmou Michael O’Leary, presidente da Ryanair.

Ainda que um primeiro avião tenha sido visto com a marca 737-8200, O’Leary afirmou durante uma conferência para divulgar os resultados da companhia que não existe qualquer plano de alterar subtrair o nome MAX dos aviões. “Não estaremos designando separadamente a aeronave [737] Max dos [737] NG", afirmou O’Leary.

Segundo o executivo não existe a expectativa que os passageiros tenham alguma restrição ao 737 MAX, usando como exemplo a normalização da confiança no 787 Dreamliner, que também foi impedido de voar após alguns casos de incêndio a bordo, causado por falhas nas baterias. Ainda que nenhum 787 tenha se envolvido em um acidente fatal, os inúmeros casos foram amplamente divulgados na imprensa em meados de 2012, na véspera da proibição de voo do modelo em todo o mundo.

“Acredito acho que a aeronave da Ryanair será calorosamente recebida por nossos passageiros da mesma forma que os passageiros amam voar o 787, que se tornou uma aeronave incrivelmente popular", prevê O’Leary.

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Por Edmundo Ubiratan | Imagens: Divulgação
Publicado em 17/07/2019, às 07h00 - Atualizado às 07h27


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