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Estudo conduzido pela Boeing assegura baixo risco de contaminação a bordo

Sistema de filtragem mostra que sistema permite elevado grau de segurança contra covid-19


Simulação computacional da Boeing comprovou segurança dos filtros HEPA

Um estudo recém divulgado pela Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês) e pela Boeing, reafirmou a segurança da cabine de passageiros quanto a contaminação pelo novo coronavírus.

Os resultados atestam a ótima qualidade do ar a bordo graças ao processo de filtragem eficiente realizado pelos filtros HEPA, padrão na maioria dos aviões civis. Uma simulação computadorizada matemática de fluxos (CFD, em inglês), realizada pela Boeing demonstrou que a exposição a partículas é mínima em comparação com outros ambientes fechados.

A partículas foram mapeadas na forma que se espalham em diversos ambientes em diferentes condições (tossindo, com e sem máscara, como exemplos) e, com o modelo de dispersão construído, considerando como o ar circula e é renovado nas cabines dos aviões, comparado ao existente em outros ambientes, como escritórios, casas e aeroportos.

A simulação mostrou que em um avião, com base na contagem de partículas ao comparar estes ambientes, sentar-se próximo a outro passageiro na aeronave é o mesmo do que estar a 2 metros de distância em um ambiente regular comum, com o uso de máscaras.

O ar dentro da aeronave é de alto grau de pureza com a utilização do filtro HEPA, que remove praticamente todas as partículas nocivas do ar, como vírus, bactérias, alérgenos, sujeiras e outros.

O sistema de filtro de alta eficiência, que promove a troca total do ar de toda a cabine a cada 3 minutos. Dados oficiais mostram que o filtro retém 99,97% das partículas nocivas em todo o avião, circulando uma mistura do ar puro com o ar recirculado da cabine, que é filtrado. Existe também uma válvula que devolve ar para fora da aeronave, o que garante a recirculação e renovação constantes.

Ainda com relação ao HEPA, os aspectos que contribuem para a Segurança do ambiente são o movimento do ar, que flui verticalmente de cima para baixo, tornando menos provável a circulação entre os passageiros e a divisão das cabines em segmentos de ventilação que variam entre três e sete fileiras de assentos, ou seja, o ar que respiramos na aeronave não é compartilhado entre todos a bordo.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 15/10/2020, às 17h00 - Atualizado às 19h47


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