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Boeing busca empréstimo em meio à crise do 737 Max

Fabricante pode estar negociando aporte de US$ 10 bilhões com bancos


Perdas com a paralisação do 737 MAX podem exigir empréstimos de US$ 10 bilhões 

 A Boeing pode estar negociando um empréstimo de aproximadamente US$ 10 bilhões para cobrir os custos crescentes gerados pela paralisação da frota global do 737 MAX, que podem superar a marcas do US$ 15 bilhões.

A CNBC divulgou a notícia que a Boeing até agora conseguiu levantar ao menos US$ 6 bilhões com alguns bancos e está conversando com outros credores. O valor total pode representar mais do que o dobro que a Boeing pagou para obter a divisão de aviação comercial da Embraer.

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A agencia de notícias Reuters afirmou que uma fonte confirmou as negociações, mas não deixou claro quanto a Boeing estava levantando no mercado e se iria prosseguir com a venda de novos títulos. Uma questão importante para a fabricante é a flexibilidade dos acordos, pois não está definido por quanto tempo o 737 MAX permanecerá aterrado. A própria companhia afirmou que a expectativa é de retornar os voos comerciais em meados de junho. Todavia, a complexidade do processo de recertificação não permitiu divulgar um cronograma.

Os custos estimados da proibição de voos com o 737 MAX giram em torno de US$ 9 bilhões até o momento, e devem ser acrescentados valores adicionais significativos durante a divulgação dos resultados do quarto trimestre, que ocorrerá no dia 29 de janeiro. A Boeing enfrenta agora custos crescentes ao interromper a produção do avião, mas que representam perdas menores que manter a linha aberta, visto a dificuldade para encontrar espaço disponível para armazenar os aviões, somado as negociações de compensação formalizada com os operadores do modelo. Seguindo as demais operadoras do 737 MAX, recentemente a Gol divulgou que está negociando um acordo de compensação financeira com a Boeing.

Analistas estimam que a Boeing esteja perdendo cerca de US$ 1 bilhão por mês com a paralização dos voos comerciais da família MAX. Além disso, a fabricante encerrou 2019 com um dos seus piores resultados de pedidos líquidos anuais nas últimas décadas, juntamente com seus números mais baixos de entregas em 14 anos.

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Por Gabriel Benevides
Publicado em 27/01/2020, às 09h00 - Atualizado às 15h01


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