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Transformações no ritmo dos rotores

Editorial - Edição 250


Na esteira do maior encontro mundial do mercado de asas rotativas, dedicamos grande parte desta edição aos helicópteros. Circulando pelos corredores da Heli-Expo, que aconteceu no início de março último, em Orlando, nos Estados Unidos, o que se ouvia de executivos, operadores e pilotos era um discurso otimista, a despeito dos números desfavoráveis de 2014. A expectativa em torno da retomada do vigor da economia norte-americana encheu de confiança os fabricantes em um momento particularmente especial, em que a indústria está renovando seu portfólio em meio a uma revolução no mercado civil. As principais estrelas do evento dizem muito sobre esta transformação.

De um lado, o novo H160 da Airbus Helicopters consagra o compósito ao ser o primeiro helicóptero civil totalmente construído em materiais compostos ao mesmo tempo em que promete uma inédita evolução de projeto ao alterar a configuração das pás tanto do rotor principal quanto o de cauda. De outro, a AgustaWestland começa a se mobilizar de modo mais assertivo para viabilizar o início das operações de seu tiltrotor AW609 equipado com rotores basculantes capazes de impulsionar a aeronave ora como helicóptero, ora como avião. No âmbito militar, os tiltrotors já são uma realidade, conforme mostramos em nossa capa com a imagem de um V-22 Osprey, da Boeing em parceria coma a Bell, operado pelas forças armadas dos Estados Unidos.

Neste especial, também mostramos em detalhes o biturbina H145 que a Helibras trouxe ao Brasil para demonstrações, além de traçarmos um panorama do mercado nacional de helicópteros, que continua sendo visto como estratégico pela indústria apesar das instabilidades econômicas e políticas do país.

Ainda nesta edição, um artigo sobre outra revolução que está em curso, a que permitirá a entrada no mercado de aviões de pequeno porte totalmente elétricos. Destacamos alguns modelos que estão tecnologicamente maduros para integrarem a frota de escolas de pilotagem ou servirem a pilotos desportivos. Ou seja, promessas que se tornaram realidade e devem estar consolidadas antes do final desta década.

Bom voo,
Giuliano Agmont e Christian Burgos

Redação
Publicado em 25/03/2015, às 00h00


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