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Pedra árabe no sapato


Enquanto as maiores companhias aéreas americanas ainda sofrem com os resquícios da crise de 2008, com lucros seguidos de prejuízos e vice-versa, as árabes não têm do que reclamar. A Emirates Airline, de Dubai, só viu seu balanço no vermelho por dois anos desde a sua fundação, em 1985. A Qatar ­Airways foi considerada a melhor aérea do mundo pelo ranking da Skytrax e só lucra. Com apenas 12 anos de existência, a mais nova delas, a Etihad Airways, tem o melhor serviço premium e a última linha do balanço também positiva. Esses ganhos, contudo, incomodaram gigantes dos Estados Unidos, como Delta, American Airlines e United, que pediram uma intervenção do governo americano alegando que as companhias do Oriente Médio recebem subsídio de seus países, o que inflaria seus ganhos. Entre os benefícios, estão empréstimos sem juros e sem prazos de pagamento, além de menos impostos cobrados. No mercado, porém, não há nenhuma expectativa de mudança na forma das árabes atuarem. “O que os americanos chamam de subsídio, vemos como investimento”, afirma o diretor geral de uma das árabes no Brasil. “E todas as empresas do mundo, em algum momento, receberam ajuda governamental”.

Por André Jankavski
Publicado em 15/07/2015, às 00h00 - Atualizado às 02h50


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