AERO Magazine
Busca

Regras mais restritivas

Falta de pilotos afeta empresas regionais nos EUA

Cliente da Embraer, Republic Airways pede concordata e aponta falta de mão de obra como uma das causas


A norte-americana Republic Airways pediu concordata alegando que entre os motivos para as dificuldades está a falta de pilotos. A notícia, a princípio estranha, especialmente pelo excesso de piloto em outros países, ocorre num momento de grande instabilidade na aviação regional dos Estados Unidos. As também gigantes Sky West e Seaport Airlines anunciaram uma série cortes na malha atual, por indisponibilidade de mão de obra.

Tradicionalmente as empresas aéreas regionais norte-americanas ofereciam salários mais modestos e a possibilidade de futuramente ingressar com experiência numa grande empresa nacional. No entanto, as restrições de contratações nas grandes companhias foram por anos um impeditivo para atrair jovens pilotos em busca de fazer carreira na aviação comercial. Além disso, em 2013, o Congresso aprovou uma série de mudanças na lei referente a contratação de pilotos por empresas regionais.

As novas regras estipulam que os pilotos devem ter no mínimo 1.500 h de voo, ante as 250 h exigidas anteriormente. Com o novo limite se tornou pouco atraente seguir carreira, especialmente pela falta de oportunidades para acumular tais horas e os salários baixos. Muitos pilotos estão optando por sair dos Estados Unidos em busca de carreiras mais promissoras.

A Republic Airways é uma das maiores clientes da Embraer nos Estados Unidos. O país ainda sofre com algumas regulamentações que impendem as empresas aéreas regionais de operarem aeronaves com capacidade superior aos 80 assentos. O Congresso estuda retirar tais restrições, o que ajudaria a aliviar os custos e poderia abrir mercado para os Embraer 190 e 195 nos Estados Unidos.

Redação
Publicado em 15/03/2016, às 17h00 - Atualizado em 16/03/2016, às 18h42


Mais Notícias