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Adeus ao gigante

Novas imagens mostram danos severos no Antonov An-225

Danos visíveis nas imagens mostram a quase completa destruição do An-225


Danos severos na estrutura devem inviabilizar qualquer tentativa de recuperação do An-225 - Mídias Sociais
Danos severos na estrutura devem inviabilizar qualquer tentativa de recuperação do An-225 - Mídias Sociais

A destruição do maior avião do mundo, o An-225 Mriya, continua gerando uma série de especulações e debates. Além disso, novas imagens mostram os danos no avião, que está parcialmente destruído.

É possível avaliar que toda a seção dianteira do An-225, assim como sua asa direita, foi destruída, o que deverá confirmar a completa inviabilidade de reconstrução do avião.

Recentemente a Antonov postou uma mensagem apelado para a comunidade internacional ajudar na reconstrução do gigante, com orçamento estimado em US$ 3 bilhões. O valor considerado exorbitante para a construção de um único avião deverá tornar o Mriya um eterno sonho ucraniano.

Ao longo de duas décadas o An-225 passou a servir especialmente voos fretados que exigiam grande capacidade cúbica ou movimentação de cargas acima de 120 toneladas e que não podiam ser desmembradas. Em média o avião realizava entre três e quatro voos anuais, demostrando a inviabilidade econômica de ser reconstruído.

“O valor [de 3 bilhões de dólares] é superior ao custo de desenvolver um programa do zero, o projeto da Boeing para o 777X custou algo como 5 bilhões [de dólares] é inimaginável um único avião custar 3 bilhões”, destacou Paul Mitchell, engenheiro aeronáutico aposentado. “É obsceno pensar em uma única aeronave custando tanto, a conta jamais será paga. Nem o B-2 custou tão caro”, compara.

Além da baixa demanda de voos, o An-225 ainda sofre com a obsolescência de seu projeto. Embora tenha sido construído no final dos anos 1980, o avião conta com soluções e sistemas com tecnologias da década de 1960.

Embora a Antonov não tenha explicado como chegou as cifra de US$ 3 bilhões, é provável que o custo inclua também o investimento necessário na construção de uma unidade fabril, do desenvolvimento de ferramental, entre outros.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 26/03/2022, às 17h58


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