AERO Magazine
Busca

Notícias

Aviação comercial e Transporte aéreo


Avião como arma do terror
O maior atentado terrorista da história completa 10 anos neste mês de setembro. Uma data trágica para a aviação. Pela primeira vez aeronaves comerciais foram usadas como armas de destruição em massa. Os ataques às torres gêmeas, em Nova York, e ao Pentágono, em Washington, nos Estados Unidos, mataram quase três mil pessoas. Na manhã de 11 de setembro de 2001, 19 terroristas sequestraram quatro voos com jatos da Boeing. O primeiro avião, um 767-200 da American Airlines, prefixo N334AA, atingiu a torre norte do World Trade Center. Poucos minutos depois, um 767-200 da United Airlines (N612UA) atingiu a torre sul. Na sequência, outro avião da American, um 757- 200, matrícula N644AA, foi jogado contra o Pentágono. E um último 757-200 da United (N591UA), que também seria usado como arma, caiu em uma área rural da Pensilvânia.
Fábio Laranjeira

» Esforço para organizar aeroportos
O Brasil cria um comitê para organizar e coordenar as atividades dos principais aeroportos do país. Coordenada pela Secretaria de Aviação Civil, a Conaero (Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias) reúne representantes da Casa Civil da Presidência da República, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Ministério da Defesa, do Ministério da Fazenda, do Ministério da Justiça, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O decreto que instituiu a Conaero também cria Autoridades Aeroportuárias em seis aeroportos brasileiros: Brasília (DF), Confins (MG), Guarulhos (SP), Congonhas (SP), Galeão (RJ) e Santos Dumont (RJ). Segundo o ministro da Secretaria Especial de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, o Brasil tem condições de melhorar em 30% a eficiência de seus aeroportos.

Decea testa GBAS
O Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) iniciou no fim de julho uma campanha que vai analisar as interferências na ionosfera na propagação dos sinais de navegação aérea por satélite para o uso do GBAS (Sistema de Aumentação Baseado em Solo, do inglês Ground-Based Augumentation System). O programa, que pode durar três anos, pretende consolidar em um futuro breve a utilização de aproximação e pouso de precisão por satélites, além da efetiva correção dos sinais que são enviados aos equipamentos GPS. Hoje, o sistema GBAS está em fase de teste no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, e, uma vez em funcionamento, promete aproximação em curvas, mesmo com condições climáticas ruins, bem como uma separação menor entre as aeronaves nos arredores do aeroporto. Não há, no entanto, previsão para o funcionamento do GBAS.

Cumbica em obras
A pista 09L/27R do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, está parcialmente interditada para obras. Será realizada a substituição da capa asfáltica, bem como a implantação de novos sistemas de balizamento e a execução do grooving - as ranhuras que ajudam na frenagem das aeronaves. Também está prevista a ligação da pista com uma saída rápida. As obras devem durar cerca de quatro meses. As companhias aéreas terão de readequar o peso dos aviões por conta da interdição parcial.

Boeing conclui voos de certificação do 747-8F

Divulgação

O Boeing 747-8F acaba de receber a certificação da FAA e da EASA (agências norte-americana e europeia de aviação, respectivamente). O fabricante pretende entregar o cargueiro para seu cliente lançador, a Cargolux, ainda neste mês de setembro. Em outubro, será a vez da Atlas Air receber seu primeiro 747-8F de uma encomenda de 12. Os números do programa de certificação são superlativos: foram mais de 1.200 voos e aproximadamente 3.400 horas de voo desde o dia 8 de fevereiro de 2010.

No chão
As operações da Noar Linhas Aéreas continuam suspensas depois de auditoria da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que encontrou indícios de descumprimento de requisitos e procedimentos relativos aos registros de manutenção, às anotações técnicas no diário de bordo e aos limites de horas mensal e trimestral dos tripulantes da companhia. A auditoria, iniciada em 17 de julho, não tem relação com a investigação do acidente com o LET-410 (PR-NOB) em julho, no Recife.

» 10 razões que levaram as empresas aéreas a usarem o iPad
1
Check-in: em julho de 2010, a Cathay Pacific se tornou a primeira companhia aérea a oferecer reservas, status dos voos e check-in pelo iPad. Serviços semelhantes hoje são oferecidos por American Airlines, Malaysia Airlines, Thai e Alitalia.

2 Serviços aeroportuários: funcionários da Iberia no aeroporto de Barajas, em Madri, andam equipados de iPads para acessar em tempo real as informações essenciais e o movimento de chegadas e partidas dos aviões e, assim, informarem aos passageiros.

3 Sala de embarque VIP: KLM e Cathay Pacific oferecem iPads aos passageiros do lounge para terem acesso a jornais, canais de entretenimento, jogos e vídeos institucionais. ANA e airBaltic também disponibilizam tablets mediante solicitação.

4 Biblioteca no aeroporto: no aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, a biblioteca oferece curta-metragens da cultura local, músicas e literatura holandesa traduzida em 29 idiomas, cadeiras com dispositivos de escuta e uma mesa de leitura equipada com 9 iPads.

5 Alimentação: parceria entre a Delta Airlines e o restaurante OTG disponibiliza 200 iPads nos aeroportos John F. Kennedy e LaGuardia, ambos em Nova York, para que passageiros façam pedidos de comidas e bebidas. O serviço garante que o pedido seja entregue onde o passageiro estiver em até 10 minutos. Os tablets também informam sobre os voos.

6 Banca de iPads: em 2012, a partir do aeroporto de St. Paul, em Minneapolis, os passageiros terão uma banca de jornal com publicações on-line via iPad. Os usuários poderão alugar a tabuleta e devolvê-la em seu destino final.

7 Aluguel de iPads: a Jetstar, subsidiária low-cost da Qantas, é pioneira em alugar iPhones aos passageiros. A companhia planeja locar também iPads por cerca de 10 dólares australianos. Isso as europeias Iceland Express e airBaltic já fazem em suas rotas para os Estados Unidos, por cerca de 10 euros.

8 Revista de bordo: empresas como Lufthansa, TAP, Finnair, airBaltic, Air New Zealand, ANA, entre outras, desenvolveram aplicativos dedicados a passageiros com iPads. Além da revista eletrônica de bordo, oferecem recursos extras, como vídeos, animações e galerias de fotos. As e-revistas custam em média 79 centavos de euro. A TAM lançou em agosto, em fase de testes, sua TAM Nas Nuvens.

9 Pesquisa com passageiros: em um projeto-piloto, a Finnair utilizou iPads na rota Helsinque-Hong Kong para que os passageiros, além de desfrutar de entretenimento, participassem de uma pesquisa de satisfação, como serviços de bordo, cartas de vinhos, entre outros.

10 iPad no cockpit: a partir de outubro deste ano, a KLM irá equipar 50 pilotos com iPads como parte de um projeto de substituição de cartas de voo e navegação, formulários e manuais em papel. Em março último, a FAA, agência que administra a aviação nos EUA, aprovou o uso dos tablets nas cabines de comando. Atualmente, a Alaska Airlines é a única companhia aérea a utilizar a novidade com seus mais de 1.400 pilotos. Delta, American e Qantas estudam implantar o dispositivo.

#Q#

Time Table
BH terá voos diários da American

A American Ailines anunciou que voará diariamente entre Belo Horizonte e Miami a partir de 16 de novembro. A decisão se deu pela excelente temporada de julho, com todos os voos com ocupação superior a 90%. Além da capital mineira, o Rio de Janeiro receberá o Boeing 777 na rota para Nova York. Com o novo equipamento, os passageiros terão a opção de utilizar a primeira classe da American a partir da capital fluminense

Azul mais frequente para o Rio
A Azul Linhas Aéreas estreia em 10 de outubro seu 13º voo diário ligando os aeroportos de Viracopos, em Campinas, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Os aviões decolam da cidade paulista às 11h10 e retornam às 12h54. Os voos funcionarão de domingo à sexta-feira e serão realizados com os Embraer 190 e 195.

TAM inaugura rota para o México

Rodrigo Cozzato

A TAM Linhas Aéreas começa a voar para a Cidade do México a partir de 30 de outubro. Os voos, diários, serão realizados com Airbus A330 (foto), e têm previsão para decolar do aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, às 9h25, com chegada à capital mexicana às 15h (horário local). O voo da volta decola do México às 17h25 e pousa em Cumbica às 6h55 (local).

Novidades no ar

Pintura especial

Divulgação

Azul Linhas Aéreas Brasileira pinta seu novo Embraer E-195 (PR-AYV) com uma enorme bandeira brasileira. O batismo da aeronave, claro, não poderia ser outro: "Brasil". Em menos de três anos de existência, a Azul saltou de duas aeronaves, dois destinos e 500 colaboradores para 40 aeronaves, 40 destinos e quatro mil funcionários, passando a ocupar o terceiro lugar no mercado de aviação doméstico, com 8,61% de participação.

737 da Gol com novos motores

Juliano Damásio

A Gol Linhas Aéreas recebeu seu primeiro Boeing 737-800 Next Generation equipado com motores CFM56-7BE. As modificações no modelo reduzem o arrasto e diminuem o atrito da aeronave com o ar, o que garante 2% de economia no consumo de combustível se comparado aos motores anteriores.

Lufthansa escala A340-600 para o Brasil

Divulgação

A Lufthansa começará a usar o Airbus A340-600 nos voos diários entre Munique e São Paulo a partir de 30 de outubro, que atualmente são feitos com A340-300. O modelo -600 é hoje o terceiro maior avião de passageiros, perdendo em capacidade apenas para o A380 e para o Boeing 747-400 - modelo este usado pela empresa alemã na rota diária Frankfurt-São Paulo. Também em outubro, a Lufthansa começará a voar cinco vezes por semana entre Frankfurt e Rio de Janeiro com A340-300.

Cargueira Rio com 767

Arthur Gulmini

A companhia de cargas Rio Linhas Aéreas começou a operar com um Boeing 767-200F. A aeronave atuará nos aeroportos de maior demanda, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Manaus. Além de utilizar sete Boeing 727-200F, a Rio aguarda mais um Boeing 767.

#Q#

Aviação geral

Divulgação
Thrush 510P será montado em Anápolis, Goiás

Novo faricante de aviões agrícolas no Brasil
A Thrush Aircraft, fabricante norteamericana de aviões agrícolas, iniciou as operações no Brasil no começo de agosto e já prevê voos altos no país. A fábrica, que em um primeiro momento apenas montará os aviões, fica em Anápolis (GO). O presidente da Thrush Aircraft do Brasil é Jim Cable, que entre 1995 e 2003 foi diretor de desenvolvimento da Embraer e participou do lançamento dos projetos do E-145 e do Legacy.

Para o executivo, o Brasil precisará cada vez mais de aviões agrícolas. "As grandes fazendas têm um bom número de aviões, entre nove e 12, em média. Em 10 a 15 anos, toda essa frota precisará ser renovada". Sobre a crise que se desenha no horizonte, Cable é otimista. "Teremos complicadores, mas não no setor agrícola. O Brasil produz comida para o resto do mundo, e com o crescimento do consumo de energia, temos também a produção de etanol".

A Thrush Aircraft tem sede na Geórgia, Estados Unidos, e produz três tipos de aeronaves agrícolas. No Brasil, por ora, apenas um modelo será montado, o 510P, com motor Pratt & Whitney, e que teve sua homologação certificada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em julho. No início do ano que vem, a Thrush pretende comercializar o 510G, mesmo modelo, mas com motor General Electric - o G está em processo de certificação nos Estados Unidos. O 510 transporta 1.930 litros de defensivos agrícolas, mas também pode ser empregado no combate a incêndios.

A Thrush contabiliza a venda de oito aeronaves nos primeiros dias de agosto, e negocia outras 12. "Temos a expectativa de vender de 20 a 30 aviões por ano", antevê Jim Cable. Os primeiros exemplares entregues a clientes brasileiros serão importados. Depois, a Thush passará a montar o avião no país. Em Anápolis, o fabricante oferecerá infraestrutura de vendas, apoio técnico e operacional, entrega, serviços de manutenção e peças de reposição. "Estamos prospectando e qualificando nossos futuros representantes autorizados em pontos estratégicos", explica Cable.

O fabricante norte-americano escolheu a cidade goiana pela localização. Anápolis fica no centro de um dos maiores estados agrícolas do país. Jim Cable informa ainda que as aeronaves serão qualificadas como equipamentos agrícolas pelo governo goiano: "Isso reduz os impostos e aumenta as possibilidades de financiamento".

Aviação geral em gráficos
A Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral) acaba de lançar o primeiro anuário brasileiro da aviação geral. O documento compila dados, que dão uma dimensão da importância da aviação de pequeno porte no sistema de transporte aéreo do Brasil. Nos dias 28 e 29 de outubro, a Abag promove o 1° Fórum Regional de Aviação Geral no aeroporto de Santa Genoveva, em Goiânia, Goiás.

Fonte: Abag
Fonte: Abag

Aviação militar

» Operação Ágata

Embraer
A-29 Super Tucano: pistas clandestinas bombardeadas

A FAB mobiliza 35 aeronaves em uma ação inédita na fronteira do Brasil com a Colômbia, a Operação Ágata. Fruto de um acordo entre Aeronáutica, Exército e Marinha, a manobra, que prosseguia sem data prevista para acabar até o fechamento desta edição, tem como objetivo intensificar o combate ao narcotráfico, ao contrabando de armas e munições e à extração ilegal de madeira e minerais. Cerca de 3.500 militares brasileiros cumprem a missão, que conta com o apoio de caças A-29 Super Tucano (foto), F-5M e RA-1 AMX, helicópteros H-60 Black Hawk e aviões-radar E-99. O destaque da frota, porém, voa sem piloto. É a Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) Hermes 450. Um piloto e um operador de sistemas coordenam o voo do Hermes, de uma sala de controle, por meio de monitores e controles do tipo joystick. Com apenas seis metros de comprimento e até 16 horas de autonomia, o 450 é inaudível e quase invisível do solo quando voa a 4 mil metros de altitude. Ele foi o responsável por achar pistas clandestinas bombardeadas por caças Super Tucano da FAB. Suas potentes câmeras com zoom de alta definição e sensores de calor também são capazes de identificar pessoas e alvos em locais remotos.

Última entrega

Divulgação

A FAB recebe o último pedido de nove aeronaves C-98 (foto), variante militar do Cessna 208 Caravan, turbo-hélice empregado em missões de transporte de pessoas e carga em regiões com infraestrutura aeroportuária precária, como a Amazônia. O primeiro C-98 foi incorporado à Aeronáutica em 1987 e, com o último exemplar, a FAB conta agora com 29 aeronaves.

#Q#

Pronto para voar

Mark Kozhura

O avião de ataque A-1 (foto) entregue à Embraer em 2007 para ser modernizado pelo padrão "M" inicia o programa de ensaios e deve ser reintegrado ao serviço operacional regular no ano que vem. Destaque para o bico ligeiramente mais agudo, que abrigará o novo radar Scipio SCP-01, além das telas multifuncionais de cristal líquido (MFD). A Força Aérea Brasileira (FAB) receberá 43 caças A1M.

Amazona dos ares
A segundo-tenente-aviadora Ariane é a primeira mulher da Força Aérea Brasileira a pilotar a aeronave de transporte C-105 Amazonas (foto). A oficial recebeu a certificação em 1º de agosto após cumprir o ground school e as etapas em simulador, tendo o segundo melhor desempenho entre os participantes. Ariane, agora, ficará baseada no Esquadrão Arara, em Manaus (AM).
Edmundo Ubiratan

Caça russo T-50 faz sua primeira aparição

FAb/Johnson Barros

O protótipo do Sukhoi T-50 (foto), conhecido anteriormente como PAK-FA, fez sua primeira aparição pública durante o Maks 2011, o Salão Internacional de Aviação e Espaço, realizado em Moscou, no fim de agosto. Primeiro projeto russo de porte desde a queda da União Soviética, o caça demonstrou grande manobrabilidade durante seu show. O T-50 é um avião de combate de 5º geração. A Força Aérea Russa promete adquirir 600 unidades do novo caça.

Redação
Publicado em 12/09/2011, às 14h29 - Atualizado em 27/07/2013, às 18h45


Mais Reportagens