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Mudanças no Espaço

Nasa poderá suspender financiamento a estação espacial

Redirecionamento do orçamento ameça decretar o fim do laboratório espacial em 2025


As mudanças estratégicas no direcionamento das pesquisas e missões da Nasa podem comprometer o futuro da Estação Espacial Internacional, conhecido mundialmente pela sigla em inglês ISS.

Entres as primeiras propostas para adequação orçamentária da agência espacial está a redução nos gastos com o laboratório espacial. Ainda não confirmado, o corte poderá afetar a manutenção da ISS ou mesmo obrigar sua desativação.

O enorme laboratório espacial, que conta com apoio de diversos países, como Rússia, Japão, Canadá e da comunidade europeia, tem na Nasa seu maior financiador, com aporte anual de quase US$ 4 bilhões. Em 19 anos de projeto, apenas dos Estados Unidos já investiram quase US$ 90 bihões na estação, o que representa quase metade do valor total. Um relatório preliminar, que será apresentado em fevereiro inclui a proposta de interromper o apoio a ISS.

O primeiro módulo da estação foi lançado ao espaço em 1998, com sua conclusão ocorrendo apenas em 2011. O elevado custo de manutenção e as mudanças orçamentárias entre seus sócios tem comprometido o projeto, que originalmente foi concebido para ficar em órbita até 2028.

Mesmo sem uma confirmação do final do projeto, o simples anúncio da intenção de cessar a participação norte-americana no único laboratório espacial agitou a comunidade cientifica voltada para o espaço. Existem sérias dúvidas se os demais parceiros da ISS continuaram mantendo seu funcionamento caso dos Estados Unidos deixem o programa.

A administração Trump deverá formalizar as mudanças nas diretrizes da Nasa, voltando a focar em missões tripuladas à Lua e Marte.

Recentemente a Casa Branca assinou um memorando que prevê um programa integrado liderado pelos Estados Unidos, com parceiros do setor privado para um retorno humano à Lua, seguido de missões para Marte.

"A diretriz [assinada] reorientará o programa espacial dos Estados Unidos sobre exploração e descoberta humana", disse o presidente Donald Trump. "Isso marca um primeiro passo para retornar astronautas americanos para a Lua pela primeira vez desde 1972, para exploração e uso de longo prazo. Desta vez, não vamos apenas plantar nossa bandeira e deixar nossas pegadas - vamos estabelecer uma base para uma eventual missão para Marte, e talvez algum dia, para muitos mundos além ".

A expectativa que uma base lunar possa ter um custo próximo da ISS e com maior contribuição a ciência e a exploração espacial.

Colaborou Edmundo Ubiratan

Por Ernesto Klotzel
Publicado em 31/01/2018, às 11h00


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