Korean Air pretende vender divisão de cargas da Asiana para obter aprovação da fusão na Europa
A Korean Air pretende apresentar até o final de outubro uma revisão da proposta de fusão com a Asiana aos reguladores antitruste da União Europeia.
Para obter a aprovação do negócio pela Comissão Europeia, a Korean Air está disposta a vender a divisão de carga aérea da Asiana, além de ceder quatro rotas na Alemanha, França, Itália e Espanha.
Ambas as empresas são fortes no transporte de cargas aéreas, e ocupam respectivamente a quinta e a vigésima posição entre as maiores do mundo no segmento, de acordo com a demanda medida em toneladas de carga por quilômetro (CTK).
O novo plano abordaria as principais revindicações dos europeus para aprovar a união das duas maiores companhias aéras sul-coreanas, em um negócio avaliado em US$ 1,6 bilhão. Anunciado no final de 2020, o acordo formaria a sétima maior companhia aérea do mundo.
Uma decisão final sobre a fusão estava previsto para o início de agosto, mas a análise do processo foi suspensa em junho, após um pedido das empresas para adequar soluções de concorrência questionadas pelo órgão antitruste europeu.
Os reguladores europeus rejeitaram em maio, de forma preliminar, a proposta de compra de 64% da Asiana pela Korean Air, afirmando que o acordo restringiria a concorrência nos mercados de serviços de transporte aéreo de passageiros e carga entre a Coreia do Sul e a Europa.
Além de ceder às preocupações europeias, a Korean Air também pode entregar alguns direitos de pousos e decolagens (slots), nos aeroportos de Nova York e São Francisco, para obter a aprovação dos Estados Unidos.
A transportadora recebeu aval dos chineses para a fusão depois que rotas e horários foram cedidos para as concorrentes a partir do aeroporto de Incheon, em Seul, enquanto no Reino Unido, sete slots no concorrido aeroporto de Heathrow, em Londres, foram transferidos para outras operadoras.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 18/10/2023, às 13h05
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