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No passado espaço pertenceu à Vasp

Infraero abre licitação para construção de megaloja em área da Labace em Congonhas

Se o negócio se concretizar, maior feira de aviação de negócios da América Latina perderá parte do espaço que ocupa hoje e terá de se reestruturar


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Após mais de uma década envolta em disputas judiciais, a Infraero está licitando área de manutenção que no passado pertenceu à Vasp, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo e hoje é utilizada anualmente pela Labace. O edital prevê que a área de 28.500 m² seja utilizada para implantação de uma megaloja, que ofereça lojas de grande porte, com estacionamento e atividades comerciais suplementares e de serviços. O prazo da concessão será de 25 anos, com lance mínimo de R$ 40 milhões.
O preço básico inicial é de R$ 40 milhões, valor que poderá ser parcelado em até três vezes após a assinatura do contrato, sendo R$ 20 milhões até o décimo dia útil; R$ 10 milhões em até 12 meses e o restante em até 24 meses. Além desse valor, o processo prevê um preço mínimo mensal de R$ 380 mil e 3% sobre o faturamento bruto mensal do concessionário.
"Além da localização privilegiada, a proposta da megaloja pretende aproveitar o potencial do negócio para oferecer opções de serviços à comunidade local, passageiros e usuários do aeroporto, que poderão contar com um centro de compras e serviços", avalia o presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira.
O aviso de licitação foi publicado no Diário Oficial da União e o recebimento das propostas será no dia 12 de setembro, na sede da Infraero, em Brasília. O número do edital para pesquisa é 012/LALI-2/SBSP/2017.
A licitação do espaço faz parte da estratégia da Infraero para manter seu fluxo de caixa, drasticamente reduzido após a concessão dos principais aeroportos brasileiros. Há uma série de projetos em estudo, com destaque para o Inova Congonhas, que pretende expandir o aeroporto por meio de uma parceria com concessão comercial. Todavia, analistas prevem que a licitação sofrará uma série de criticas, pois entregará ao comércio uma das áreas mais cobiçadas do aeroporto, que or décadas foi dedicada a manutenção de aeronaves. Atualmente, o espaço também é utilizado pela Labace, o maior evento no hemisfério sul destinado a aviação de negócios. "Se o negócio se concretizar, teremos de mudar a entrada da feira e encontrar um novo espaço de auditório, mas a área da exposição estática não faz parte da licitação. A Infraero tem interesse em manter a feira em Congonhas.", esclarece Flávio Pires, diretor-geral da Abag.

Redação
Publicado em 10/08/2017, às 13h00 - Atualizado em 31/08/2017, às 11h00


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