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Aviação Militar

Helibras faz primeiro voo do Pantera modernizado

Aeronave é a primeira com estrutura original totalmente modernizada


A Helibras realizou o primeiro voo do Pantera totalmente modernizado pela empresa no Brasil. A aeronave realizou os testes em voo depois de ter passado por todas as etapas da modernização, executadas por mecânicos e técnicos brasileiros no hangar de manutenção da fábrica da empresa em Itajubá, MG.

Embora seja o terceiro Pantera K2 do Exército Brasileiro a passar por intervenção, esse foi o primeiro cuja estrutura original foi totalmente modernizada, uma vez que os dois primeiros helicópteros recebidos foram reconstruídos a partir de novas células.

Para realizar o trabalho de modernização, os mecânicos da Helibras realizaram um treinamento na Airbus Helicopters voltado a serviços de grandes intervenções nas aeronaves da família Dauphin. O chamado “on the job training” trouxe para os profissionais brasileiros o domínio de novos e importantes conhecimentos, que permitiram que a unidade colocada ontem em voo passasse por todas as etapas de modernização no Brasil com as equipes qualificadas pela empresa.

Dois engenheiros da Aviação do Exército também passaram por uma integração de seis meses nas instalações da Airbus Helicopters em Marignane, França. Em 2016, outros seis permanecerão na Helibras para acompanhar o processo de modernização de uma aeronave e assim realizar o treinamento do cliente “on the job training”.

Agora, o helicóptero vai para a etapa de pintura e finalizações antes de ser entregue ao Exército, o que deverá ocorrer nos próximos meses.

O programa para modernização dos 34 helicópteros Pantera da Aviação do Exército Brasileiro, adquiridos em 1988, deverá dar às aeronaves mais 25 anos de vida útil e é bastante vantajoso para o operador.De acordo com dados oficiais, o serviço tem um custo de 35% menor do que o valor de um helicóptero novo.

Após as intervenções, em relação as aeronaves originais, os modelos terão um aumento de 400 kg na capacidade de carga paga em operação em áreas restritas, velocidade de 260 km/h e alcance de 660 km. Também foram instalados novos sistemas de comunicação e aviônicos. A aeronave ainda recebeu novas cablagens, capô do motor redesenhado, instalação do motor Arriel 2C2CG, com 40% a mais de potência, além de piloto automático de quatro eixos, permitindo mais autonomia, maior velocidade e menor carga de trabalho aos pilotos.

Redação
Publicado em 15/10/2015, às 16h00 - Atualizado às 16h11


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