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Eternos problemas

Governo dos Estados Unidos reduz entregas do F-35 e inicia embate contratual para pagar custos de manutenção

Corrosão levou a problemas com a Lockheed Martin que ainda enfrenta o risco de perder o contrato com a Turquia


O Departamento de Defesa dos Estados Unidos suspendeu a aceitação de um novo lote do F-35 Lightning II, até que haja acordo de uma questão contratual com a Loackheed Martin, o fabricante da aeronave.

A disputa começou quando sinais de corrosão foram descobertos nos orifícios dos elementos de fixação dos F-35A, destinados à força aérea, durante os serviços de manutenção na Base Aérea Hill, em Utah.

Na ocasião, a Lockheed e o Departamento de Defesa chegaram a um acordo quanto aos reparos e as entregas que foram realizadas até o final de 2017.

Mais tarde, as duas partes discordaram sobre quem deveria pagar pelos serviços realizados, obrigando Departamento de Defesa a diminuir o ritmo das entregas. A medida não possui prazo determinado para ser encerrada e enfrenta a resistência da Lockheed.

O órgão governamental enfatiza que não se trata de uma questão de segurança, mas de uma questão exclusivamente de contrato, com o desejo de assegurar o nível de qualidade dos aviões de combate que a indústria fornece ao país.

Após a redução no número de aceitações, foram entregues apenas 14 novos F-35A. Com isso, também foram adiadas entrega de cinco aviões, sendo para a Noruega e um para Austrália.

Além de enfrentar problemas com a qualidade de construção dos aviões, e disputascontratuais com o governo dos Estados Unidos, a Lockheed ainda enfrenta um novo contratempo no Congresso.

Com a escaladas do conservadorismo no Congresso norte-americano, alguns congressistas querem vetar a venda dos F-35 àn Turquia. Entre as alegações está o fato de o país ter base islâmica e possuir um governo instável. O país europeu é um dos sócios no programa Joint Strike Fighter, que deu origem ao F-35.  A medida pode elevar as tensões internacionais dos Estados Unidos e a perda de um importante aliado no combate ao terrorismo. Assim como pode comprometer a produção do F-35, que depende de alguns componentes produzidos na Turquia.

Por Ernesto Klotzel e Edmundo Ubiratan
Publicado em 04/05/2018, às 08h13 - Atualizado às 08h15


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