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Drone versus drone

Robô voador captura drones terroristas com uma rede

Além de monitorar e apreender alvos intrusos, caçador também consegue interferir no controle ou até mesmo nos sistemas do inimigo


A popularização dos drones gerou incríveis novas oportunidades para captação de imagens, abriu possibilidades para o patrulhamento de cidades e pode ser uma solução para entregas expressas. Todavia, os benefícios rivalizam com os problemas gerados, como invasão de privacidade, arapongagem ilegal e voos em espaço aéreo restrito ou mesmo em zonas de exclusão.

O temor das autoridades ao redor do mundo é que os drones passem a ser utilizados como poderosas e letais ferramentas terroristas. A Rússia tem trabalhado para evitar que drones possam se tornar uma ameaça real durante o mundial de futebol.

Soluções criadas para lidar com essa nova realidade começam a surgir dentro da própria indústria de aeronaves não tripuladas. É o caso da Fortem Technologies, que apresentou o Drone Hunter, literalmente um caçador de drones. O sistema é o primeiro veículo não tripulado testado militarmente que oferece detecção de intrusão do perímetro, assim como proteção ao patrulhar um espaço aéreo de modo totalmente autônomo, tirando do caminho qualquer drone intruso.

Utilizando algoritmos baseados em inteligência artificial, o sistema Drone Hunter oferece detecção, monitoramento e captura de drones piratas em espaços aéreos restritos e zonas de exclusão. Um sistema lança uma rede capaz de capturar fisicamente o drone hostil.

O veículo é equipado com o radar TrueView e um sistema autônomo de navegação em uma plataforma de comando e controle capaz de detectar, identificar e rebocar drones hostis dentro de um perímetro determinado. Além dos sistemas de navegação autônomos, um sistema de imagem de alta definição, em 4K pode fornecer imagens em tempo real. O sistema Fortem Netgun captura o alvo, e pode ser configurado para disparar uma ou mais vezes. Para alvos mais velozes o Fortem Drape Net, autônomo, efetua o bloqueio antes de atingida a zona restrita. O centro de comando pode também fornecer monitoramento e intervenção manual, gerando opções alternativas para satisfazer as demandas situacionais.

A plataforma pode ser empregada em diversas situações e abre caminho para a criação de uma série de novas tecnologias anti-drone. Alguns sistemas mais complexos são capazes de interferir na frequência de controle do drone, assumindo o controle do veículo.

Já o modelo da espanhola Drone Hunter, além de compartilhar o mesmo nome, oferece uma plataforma que conta com capacidade de robocar eletronicamente o invasor. Controlando a navegação e as ações do drone ilegal.

Por Ernesto Klotzel
Publicado em 21/02/2018, às 12h00 - Atualizado às 13h03


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