Reunião entre fabricante e sindicalistas aprovou acordo para layoff e redução salarial
Embraer deverá reduzir temporariamente força de trabalho visando superar período de crise
A Embraer obteve um acordo com o Sindiaeroespacial e o Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, onde foi aprovado o plano de preservação dos empregos nas unidades da empresa no Brasil. O ajuste prevê a suspensão temporária de contratos de trabalho com ajuda compensatória e a redução de jornada e de salário, porém, com garantia de emprego no retorno a normalidade.
As ações emergenciais e temporárias são válidas a partir de 13 de abril e terão duração entre 60 e 90 dias, matendo a garantia de emprego pelo período correspondente ao acordo formalizado. Para os funcionários em atividades essenciais e trabalho presencial, não haverá alterações na jornada ou salários.
Os profissionais que executarão suas atividades em home office terão redução de 25% da jornada de trabalho pelo período de 90 dias. Esses profissionais também terão direito ao auxílio do governo federal de até R$ 453,00. Os funcionários que terão suspensão temporária do contrato de trabalho (layoff) por dois meses terão direito a garantia de emprego por período correspondente ao que estiverem nessa condição, além de ajuda compensatória mensal, já somada ao benefício emergencial de preservação do emprego pago pelo Governo Federal.
Em nota a Embraer afirmou que os acordos foram resultados de decisões tomadas em conjunto com as entidades sindicais, governos e a direção do fabricante para minimizar os possíveis impactos desse momento de crise.
"A Embraer permanecerá em contínuo diálogo com os clientes, fornecedores e governos para atender as necessidades essenciais do setor e da população, priorizando sempre a saúde e segurança dos seus colaboradores e a preservação de empregos", afirmou o fabricante em nota oficial.
O Sindiaeroespacial representa os funcionários das unidades da Embraer em São Paulo, Campinas, Sorocaba e Taubaté. Já o Sindicato dos Engenheiros representa essa categoria profissional em todas as plantas da companhia no Estado de São Paulo, incluindo São José dos Campos, Campinas e Gavião Peixoto. O Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu já havia colocado o acordo em votação nesta semana, obtendo 93% de aprovação.