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Aviação Militar

Egito escolhe o Rafale

Contrato pode auxiliar Dassault em outros acordos


O Egito anunciou que selecionou o Rafale como seu novo vetor de caça. Embora não tenha sido divulgado o número de aviões que serão adquiridos e nem o valor total do contrato, fontes militares egípcias apontam para um lote de 24 aviões. O preço final dependerá dos aditivos, como suporte, armamento, treinamento, motores sobressalentes, etc.

O Egito é um antigo parceiro da Dassault, que desde a década de 1970 fornece parte da frota de caças do país.  A notícia é uma nova vitória para o Rafale, que está em fase de negociação com diversos países, mas sofre com problemas diversos para a finalização dos contratos.

Atualmente a Índia negocia a compra de 126 aviões, mas a assinatura do contrato vem sendo postergada devido uma série de problemas com relação aos termos finais. Os indianos acusam a Dassault de não aceitar o desenvolvimento e produção do Rafale pela HAL (Hindustan Aeronautics Ltd), algo que fazia parte dos requerimentos oficiais.

Por outro lado, os franceses afirmam que parte das reclamações da Índia são inválidas, já que muitos dos requerimentos agora em debate não faziam parte do pedido de propostas.

A Índia agora pressiona afirmando que caso o contrato não seja assinado nos próximos meses, poderá optar por adquirir um novo lote do Sukhoi Su-30MKI, substituindo assim a proposta do Rafale.

Analistas acreditam que o embate se deve ao fato de ambos os lados tentarem impor seu modelo. A Índia espera se beneficiar da falta de clientes firmes para o Rafale, impondo assim uma série de novos itens ao contrato. Por outro lado, os franceses tentam manter o projeto de acordo com os requerimentos originais.

A assinatura de um contrato com o Egito pode diminuir as tensões na Índia. A Dassault ainda espera uma resposta favorável do Qatar, que estuda adquirir o Rafale nos próximos meses.

Redação
Publicado em 13/02/2015, às 16h00 - Atualizado às 16h11


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