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No vermelho como na bandeira

Companhias chinesas acumularam prejuízos bilionários em 2021

Políticas governamentais altamente restritivas causaram impactos negativos


Boeing 737 MAX da Air China

A Air China, por sua maior representatividade internacional, deverá ser a mais afetada delas | Foto: Divulgação.

As três maiores companhias aéreas estatais da China vão fechar o ano de 2021 no vermelho. Os dados oficiais ainda não foram divulgados, mas a Air China, a China Southern Airlines e a China Eastern Airlines esperam terem tido prejuízos que passam dos ¥ 10 bilhões (R$ 8 bilhões), o que supera negativamente o registrado em 2020.

A Air China deverá ser a companhia que terá o maior prejuízo anual, podendo alcançar até ¥ 17 bilhões (R$ 14,2 bilhões). Em 2020, as perdas alcançaram ¥ 14,4 bilhões (R$ 12 bilhões). Ela é a principal empresa internacional do país. No pré-pandemia, mais de 30% de suas receitas provinham de cargas e passageiros de outros países.

No último ano, o mercado aéreo chinês ainda foi fortemente impactado pela pandemia de covid-19. A manutenção de políticas altamente restritivas acarretaram em demandas baixas de viagens nos mercados doméstico e internacional. Nas comemorações do Ano Novo Chinês e na alta temporada de verão, onde milhões de passageiros costumam se deslocar pelo país, esta política foi aplicada com força total, tendo como fator adicional a alta de casos em várias cidades.

Os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, que começaram na última sexta-feira (4), poderiam servir como uma espécie de alívio para as aéreas locais para aquecer suas receitas para 2022, mas como não haverá público nos eventos que irão até o próximo dia 20, por imposição governamental, o impacto será nulo.

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Marcel Cardoso
Publicado em 07/02/2022, às 08h15 - Atualizado às 19h24


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