A propagação da variante Delta influiu no resultado global, em especial na Ásia
OAG ainda vê estagnação de boa parte do mercado global
Companhias aéreas de todo o mundo perderam cerca de US$ 160 milhões (R$ 830 milhões) em receitas desde a primeira semana de agosto, reflexo redução da capacidade planejada de assentos, em cerca de 100 milhões, motivada pelo avanço da variante Delta da covid-19.
Segundo o provedor global de dados de viagens OAG, o mercado de voos transatlânticos ainda sofrerá com restrições até o fim de novembro, principalmente nos Estados Unidos. O setor não descarta inclusive retomar a onda de demissões, atingindo especialmente quem havia sido contratado ou reincorporado ao longo do segundo trimestre deste ano.
Apesar das previsões um tanto desanimadoras, dados da última semana do mês mostram que a capacidade global subiu 2,8%. O destaque ficou no sudeste asiático, em especial na China, Indonésia e Índia, porém, toda a região ainda está com 30% dos níveis pré-pandemia. Por sua vez, a América do Sul já atingou pouco mais de 70% da capacidade registrada em 2019.
A OAG finaliza que qualquer esperança de recuperação está agora mais distante do que nunca, pois apesar de parte das regiões terem apresentado expressiva recuperação de capacidade, a maior parte do planeta permanece estagnada. As incertezas impostas pela nova variante do coronavírus e as consequências para os programas de imunização ainda são uma incerteza em grande parte do planeta.
Marcel Cardoso
Publicado em 02/09/2021, às 06h20 - Atualizado às 09h03
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