Principal empresa das ilhas Cayman receberá mais uma aeronave do modelo até o final do semestre
Cayman Airways mudou nomeclatura dos aviões para 737-8
Após as principais autoridades de aviação do mundo darem sinal verde para retorno do Boeing 737 MAX, incluindo a agência europeia de aviação (EASA, na sigla em inglês), muitas empresas começaram a reativar seus aviões armazenados em diferentes partes do mundo.
A Cayman Airways, que tem dois 737 MAX na frota e mais um que em breve chegará a empresa, iniciou os trabalhos de retomada dos voos com o modelo. A expectativa é ter a aeronave pronta para iniciar as operações regulares nos próximos dias e a retomada completa na malha deverá ocorrer no final de fevereiro.
A companhia aérea disse que tem muitas atividades planejadas em Grand Cayman e Cayman Brac para o 737 MAX. Ainda que seja uma frota pequena, comparada a empresas como American Airlines, Southwest Airlines ou Ryanair, a retomada dos voos na Cayman Airways demonstra a importância do modelo no mundo.
A empresa de bandeira de um dos destinos mais populares entre a alta sociedade mundial, tem um peso adicional ao manter um modelo que sofreu severas críticas de autoridades e formadores de opinião. Ainda que não planeje retirar o avião da frota, a companhia aérea tomou a decisão de remover o sufixo MAX da aeronave, que em vez de ser chamado de 737 MAX 8 passará a se chamar 737-8.
Esta iniciativa também foi adotada pela Ryanair, a gigante irlandesa de baixo custo, que batizou os aviões de 737-8200 na tentativa de evitar constrangimentos com seus passageiros, uma vez que o nome MAX foi amplamente utilizado para se referir aos acidentes Lyon Air e Ethiopian Airlines.
Todavia, empresas como a brasileira Gol e a maior parte das norte-americanas, continuam usando o sufixo MAX sem prejuízo as operações. No Brasil aproximadamente 99% dos passageiros não se importaram com o modelo do avião na hora do embarque.
"A Cayman Airways já concluiu todas as modificações e melhorias necessárias para garantir a operação segura da aeronave e agora estamos no processo de implementação das medidas finais, muitas das quais estão além dos requisitos prescritos." Disse Fabian Whorms, CEO e presidente da Cayman Airways.
Por Gabriel Benevides
Publicado em 04/02/2021, às 15h00 - Atualizado às 15h08
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