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Avião híbrido

Boeing e Jetblue investem em jato elétrico de uma startup

A aeronave híbrido-elétrica da Zunum Aero, poderá revolucionar o transporte aéreo


Há poucos dias, a empresa iniciante (startup) Zunum Aero anunciou ter recebido investimentos da Boeing e da JetBlue, fato considerado “extremamente feliz” pelo fundador e CEO da empresa, Ashish Kumar. “Temos estado em contato com as duas companhias há cerca de um ano e ambas são tão apaixonadas como nós com a oportunidade de reinventar o transporte aéreo regional” disse Kumar.

O investimento da JetBlue foi feito por meio de um fundo de capital de risco, baseado no Vale do Silício, a JetBlue Technology Ventures; o montante do investimento não foi divulgado. O novo braço de capital de risco, Boeing Horizon X, baseado em Chicago afirmou que a tecnologia híbrido-elétrica da Zunum está liderado o caminho para um novo e revolucionário segmento. 

O avião regional proposto pela Zunum terá capacidade para, de 10 a 50 passageiros (uma faixa mais do que flexível), e alcance de 1.600 km e sua energia de propulsão poderá ser fornecida por baterias, eventualmente completada por unidades geradoras a diesel ou a turbina. 

Já que não se espera que o novo projeto voe antes da próxima década, e terá uma vida útil em torno dos 20 anos, o projeto será norteado pelo conceito “prova futura” ou seja, a possibilidade de sua adaptação à novas tecnologias emergentes. Exemplos:

  • No início, a propulsão híbrida vai liberar 80% menos emissões do que aeronaves existentes, porém com o avanço na tecnologia das baterias, o motor de combustão interna para ampliar o alcance pode ser substituído por um conjunto extra de baterias, baixando para zero as emissões poluentes. 
  • O nível de ruído será reduzido em 75%, dado muito importante para as operações em aeroportos com normas muito restritivas. 
  • Nos últimos anos, muitos operadores de afastaram da operação de jatos regionais menores para até 50 passageiros em favor de aeronaves maiores de menor custo unitário. A Zunum estima que a redução do volume de combustível necessário para as operações os custos para seu projeto podem ser reduzidos de 40 a 80% por voo.
  • Mesmo que as companhias aéreas tenham de trocar as baterias uma ou duas vezes ao ano, Kumar acredita que os novos regionais elétricos podem oferecer melhores custos unitários do que os modelos mais recentes da Boeing e da Airbus.

Por Ernesto Klotzel
Publicado em 07/04/2017, às 13h01 - Atualizado às 13h07


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