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Ajustes na linha de montagem

Boeing deve reduzir produção do 777

Baixo ritmo de vendas e chegada da nova geração pressiona fabricante em 2016


Após o anúncio do lançamento da nova geração do Boeing 777, aliado ao início das operações do Boeing 787-9 Dreamliner e Airbus A350 XWB, o interesse pelos atuais 777-200LR e 777-300ER tem diminuído. A produção dos atuais Triplo Sete pode ser reduzida acima do planejado pelo fabricante, caso as vendas continuem retraídas.

O corte na produção do 777 aumentaria a pressão sobre a Boeing em atingir a lucratividade e o número de vendas deste ano. Em 2016, a empresa norte-americana vendeu apenas oito aeronaves do modelo, número muito aquém da meta de 40 a 50 aviões - necessários para viabilizar o nível de produção.

A Boeing produz atualmente 8,3 aviões da família 777 por mês, mas já havia anunciado que esta cadência seria reduzida para sete unidades mensais a partir do próximo ano, durante a transição para o novo 777X cuja produção será iniciada em 2018. Na época, as entregas do 777 deverão ser de aproximadamente 5,5 aeronaves por mês.

“Precisamos ter sucesso nas campanhas de venda em curso nos próximos dois ou três meses para dar a sustentação à estrutura de produção de sete 777 mensais” afirmou Dennis Muilenburg, CEO da Boeing. “Caso isto não aconteça, teremos de fazer novos ajustes”, completou.

Ernesto Klotzel
Publicado em 15/09/2016, às 15h30 - Atualizado às 17h00


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