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Aviação militar


Fotos: divulgação

F-22 prontos para voltar a voar

Os Estados Unidos têm um plano para voltar a voar seus caças Lockheed Martin F-22 Raptor, proibidos de decolarem desde 3 de maio último. A intenção é que os aviões de combate retomem seus voos operacionais o quanto antes. Os voos dos F-22 da USAF foram interrompidos depois da ocorrência de doze incidentes aéreos envolvendo sintomas de hipóxia (falta de oxigênio) reportados por pilotos num período de três anos. Por volta de 90 caças F-22 foram entregues para a USAF. O retorno dos voos exigirá uma detalhada inspeção pré-voo, um treinamento mais rigoroso para uso dos sistemas de salvamento de pilotos e o constante monitoramento dos parâmetros técnicos do avião.

Visão noturna

Pilotos e tripulações de apoio operacional de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) vêm utilizando cada vez mais, durante missões reais e simuladas, dispositivos óticos conhecidos como Óculos de Visão Noturna (do inglês NVG). Eles foram usados pelo 1º/9º GAv Esquadrão Arara na Operação Coruja Verde II, baseado em Manaus (AM), durante treinamentos noturnos com aeronaves de transporte C-105 Amazonas.

Além de decolagem, navegação a baixas altitudes e pouso, esses treinamentos incluem lançamento de cargas e paraquedistas em condições de total escuridão. Tripulações de C-105 do 1º/15º GAv Esquadrão Onça, baseado em Campo Grande (MS), e de helicópteros Sikorsky H-60 e aviões A-29 Super Tucano distribuídos em vários esquadrões da FAB também estão capacitados para operar com o auxílio de NVG.

Em agosto último, quatro aeronaves de ataque A-29 Super Tucano baseadas em São Gabriel da Cachoeira (AM) pertencentes ao 1º/3º GAv, Esquadrão Escorpião, inutilizaram durante a madrugada uma pista de pouso e decolagem clandestina, localizada próxima da fronteira entre Brasil e Colômbia, na região conhecida como Cabeça do Cachorro, com auxílio de NVGs para cumprirem a missão.

Contra as águas e o fogo

A FAB mobilizou no mês de setembro veículos aéreos para prestar ajuda humanitária às vítimas das enchentes ocorridas na região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, e dos incêndios no Distrito Federal. Dois helicópteros da FAB, um H-34 Super Puma do 3º/8º GAv Esquadrão Puma e um H-60 Black Hawk do 5º/8º GAv Esquadrão Pantera, transportaram auxílios, principalmente água potável e alimentos, para a população de Rio do Sul, a cidade mais afetada pelas águas. Apenas nos dois primeiros dias foram entregues 25 toneladas de auxílios.

Para a região Centro-Oeste, a FAB encaminhou dois quadrimotores turboélice Lockheed C-130 Hercules do Primeiro Grupo de Transporte de Tropas (1º/1º GTT) para combater os múltiplos focos de incêndios que estavam proliferando nas áreas de vegetação castigadas pela prolongada estiagem que assola a capital do País. Os aviões estavam equipados com um sistema Modular Airborne Fire Fighting System (MAFFS), que realizou 39 surtidas contra os focos de incêndio e lançou 468 mil litros de água durante mais de 19 horas de voo.

Operação ágata II: A vez do sul

As Forças Armadas realizaram em setembro a Operação Ágata II, dessa vez nas regiões da fronteira sul do Brasil. O intuito foi desmantelar as atividades ilícitas que acontecem ao longo dos mais de 3.500 km de fronteiras que o país tem com Argentina, Paraguai e Uruguai. A movimentação ocorre simultaneamente nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A Força Aérea Brasileira (FAB) empregou na megaoperação mais de 30 aviões e helicópteros de diversos tipos, incluindo o veículo aéreo não tripulado (VANT) RQ-450 Hermes e aviões de combate F-5EM e A-29 Super Tucano. O Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo II (CINDACTA), também contribuiu com o projeto.

Perdeu uma peça

O P-51 Mustang que caiu durante a Reno Air Race, em setembro, pode ter perdido um componente do profundor durante o voo, o que teria ocasionado a perda do controle do avião. O NTSB, órgão que investiga os acidentes aéreos nos Estados Unidos, afirma que é possível ver, por fotos e vídeos, uma peça se soltando do P-51 antes da queda. A peça foi encontrada, mas ainda não é possível afirmar que seja da aeronave. O acidente matou onze pessoas, incluindo o veterano piloto Jimmy Leeward, de 74 anos. Mais de setenta pessoas ficaram feridas.

Demoiselle entre Warbirds

A equipe do tradicional Broa Fly-In levará o Projeto Demoiselle para o Wings Over Miami Air Museum, nos Estados Unidos, encontro de aviões clássicos e históricos. O evento acontecerá entre os dias 29 e 30 de outubro. A réplica do legendário avião construído por Santos Dumont será exibida ao lado de mais de 20 warbirds, além de diversas outras aeronaves e veículos usados na Segunda Guerra Mundial que farão parte da exposição estática.

Sertanistas a bordo

Um raro helicóptero Sikorsky S-51 Dragonfly, fabricado em 1946, chamou a atenção do público durante a mostra "Irmãos - O Xingu dos Villas-Boas", em São Paulo (SP). A aeronave, que voou até 2001, foi cedida para a exposição pelo Museu Eduardo André Matarazzo, da cidade paulista de Bebedouro. Os irmãos sertanistas usaram um Sikorsky S-51 idêntico ao da mostra durante a Expedição Roncador-Xingu, iniciada no final da década de 40, na região onde hoje fica o Parque Indígena do Xingu. Eles embarcavam na aeronave, pertencente à Fundação Nacional do Índio (FUNAI), para alcançar áreas habitadas por tribos indígenas que nunca haviam tido contato com a civilização.

Divulgação

Redação
Publicado em 14/10/2011, às 11h59 - Atualizado em 27/07/2013, às 18h45


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