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Aviação Geral


PIPER CELEBRA SEUS 75 ANOS
A Piper Aircraft encerra neste mês de novembro as comemorações pelos seus 75 anos de existência. Fincada no mercado de aviação geral desde 1937, o fabricante norte-americano, sediado em Vero Beach, na Flórida, tem entre seus grandes expoentes a família Piper Cub. Na EAA AirVenture deste ano, os pátios ficaram amarelos com os mais de 100 modelos clássicos da marca que visitaram Oshkosh, especialmente o saudoso J3. Hoje, a Piper oferece máquinas como o Meridian, o Mirage, o Matrix e o Seneca V. No Brasil, a marca é representada pela JP Martins desde 1965 e já teve suas aeronaves produzidas pela Embraer. Curiosamente o primeiro voo do fundador da JP, o piloto Jeremias de Paula Martins, aconteceu a bordo de um J3, aos oito anos de idade, em 1939.

ROBÔS QUE MANOBRAM AVIÕES CHEGAM AO BRASIL
Uma parceria entre a SynerJet e a Trace Towbots vai trazer para a América Latina robôs operados por controle remoto para movimentar e manobrar aeronaves de pequeno porte. Os equipamentos oferecem precisão que permite ao operador levar seu avião do hangar à pista ou vice-versa. Com motores elétricos 24V e 28V DC, os robôs são silenciosos e regulados para partidas e paradas macias. Um dos destaques dos robôs Trace Towbots, segundo o fabricante, é a "capacidade de girar a aeronave ao redor de sua própria envergadura, sem que, durante a curva, seja excedido o comprimento do nariz à cauda, economizando o espaço necessário para realizar manobras". Um operador controla à distância as manobras com aviões de até 50.000 lb, pouco mais de 22,5 toneladas. O controle remoto, similar ao de veículos de modelismo, dispõe de um mini-volante e um gatilho. A Synerjet, que integra o Grupo Synergy e também representa no Brasil a Bombardier, a AgustaWestland e a Pilatus, será o distribuidor oficial da Trace Towbots na América Latina.

ENTIDADES COBRAM DA ANAC MAIS AÇÕES
Entidades ligadas à aviação geral protocolaram comunicado oficial para expor suas preocupações em relação às políticas públicas adotadas para o setor. A ação conjunta, envolvendo APPA-AOPA Brasil (Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves), a ABUL (Associação Brasileira de Ultraleves), a ACRO (Associação Brasileira de Acrobacia Aérea), a CAB (Comissão de Aerodesporto Brasileira) e a FBVV (Federação Brasileira de Voo a Vela), expõe à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), à SAC (Secretaria de Aviação Civil) e à Casa Civil da Presidência da República as dúvidas do setor no que diz respeito "ao funcionamento da Anac, quanto às ausências de políticas destinadas à aviação geral e à insegurança causada pela instabilidade e anacronismo regulatórios, bem como pelos maus serviços prestados aos usuários da aviação geral". As entidades se queixam "da inoperância e da dificuldade em se obter pequenos avanços debatidos há meses (em alguns casos há anos), perante a Anac". De acordo com o documento, a ausência de políticas e a má prestação de serviços, associadas às dificuldades operacionais da Anac, embora muitas vezes contornadas por esforços pessoais de alguns dos seus servidores, incluindo diretores, não pode mais ser tratada como uma situação passageira, passível de correção.

AGUSTAWESTLANDA LANÇA O AW119KX
A AgustaWestland apresentou uma nova versão do seu monomotor AW119. O novo helicóptero, batizado AW119Kx, terá no cockpit painel Garmin G1000H e recursos como visão sintética e sistema de prevenção do terreno (TAS). A certificação do AW119Kx deve acontecer no início de 2013. Apresentada durante uma Conferência de Transporte Aéreo Médica em Seattle, nos EUA, aeronave tem como cliente-lançador justamente uma empresa que presta serviços aeromédicos, a Life Flight Network, que fez um pedido de 15 unidades. O AW119Kx apresentado no evento estava configurado para o atendimento de até dois pacientes. Top de linha no mercado monomotor, o novo helicóptero tem peso máximo de decolagem de 2.850 kg (6,283 lb) e é equipado com um motor Pratt & Whitney PT6B-37A de 1.002 shp, capaz de impulsionar a aeronave a uma velocidade máxima de 152 nós (282 km/h). Assim como o AW119Ke, explica a AgustaWestland, o Kx poderá cumprir missões EMS, utilitário, combate a incêndios, VIP/ corporativo, transporte offshore, parapúblico e missões de governo.

IPE SIDUS FAZ PRIMEIRO VOO
A curitibana IPE Aeronaves apresenta o protótipo do Sidus, um ultraleve avançado enquadrado na categoria LSA (Light Sport Aircraft). O avião acaba de executar seu primeiro voo. Segundo o fabricante, a aeronave pode ter autonomia de até 5 horas de voo, considerando um consumo médio de 17 litros por hora. O modelo tem opção de trem de pouso convencional ou triciclo. Em sua versão básica, o Sidus vai oferecer itens como hélice tripá em fibra de carbono e motor Rotax 912 ULS (de 100 HP). Seu preço hoje começa em R$ -125.000,00. A Indústria Paranaense de Estruturas (IPE) atua no mercado desde a década de 1970 e já desenvolveu no país planadores, treinadores, acrobáticos e agrícolas.

POSITIVO CRIA SUA ACADEMIA DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
O Centro Tecnológico Positivo (CTP) lança cursos superiores na área da aviação. São três no total, Tecnologia em Pilotagem Profissional de Aeronaves, Tecnologia em Manutenção de Aeronaves e Tecnologia em Transporte Aéreo, sendo os dois primeiros com duração de três anos e o último com duração de dois anos. Eles pertencem ao núcleo Academia de Ciências Aeronáuticas Positivo (ACAP) do CTP. Durante a cerimônia de lançamento dos cursos, o reitor da Universidade Positivo, José Pio Martins (foto), o tenente-brigadeiro Mauro Gandra, presidente executivo da Associação Nacional de Concessionárias de Aeroportos Brasileiros (Ancab), e o major-brigadeiro Jorge Kersul Filho, que já chefiou o Cenipa, falaram sobre os rumos do transporte aéreo no Brasil e da importância da educação aeronáutica nesse processo. "Estamos investindo em educação para resolver um problema de estrutura", disse Pio Martins. "A cultura da prevenção deve estar presente na formação, na criação da aeronave, na manutenção, enfim, em todas as instâncias", acrescentou Kersul. "Um dos caminhos para o país é o investimento no conceito de aeroporto industrial", defendeu Gandra. "O mercado está carente de profissionais que desempenhem, com eficácia, as funções de piloto-comandante, gestão de recursos humanos, materiais e financeiros e manutenção especializada. Essas profissões 'estão em alta'", concluiu o coordenador dos cursos da Academia do CTP, o comandante Luiz Nogueira Galetto. A Escola Paranaense de Aviação (EPA) assinará as aulas de experiência de voo. Outra parceria também foi acertada com a Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUC-RS para programas de extensão no Laboratório de Microgravidade.

Giuliano Agmont
Publicado em 21/11/2012, às 14h41 - Atualizado em 27/07/2013, às 18h45


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