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Rio+20

Aves raras

Conferência da ONU sobre meio ambiente leva ao Galeão dezenas de aeronaves governamentais, comerciais e executivas do mundo inteiro


JOSÉ LUIZ SALGUEIRO JÚNIOR
Boeing 707 do Irã fez um dos 74 pousos extras no Rio de Janeiro

A cidade do Rio de Janeiro sediou durante o mês de junho último a maior conferência das Nações Unidas já realizada para tratar de questões associadas à sustentabilidade ambiental do planeta. A capital fluminense recebeu mais de 100.000 visitantes entre turistas, integrantes de comitivas e chefes de estado de todo o mundo. Tanta movimentação se refletiu no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, que precisou sofrer restrições e determinou o cancelamento e o remanejamento de voos das principais companhias aéreas brasileiras. Em compensação, o aeroporto recebeu, além de voos regulares lotados, 74 pousos extras de aeronaves governamentais, comerciais e executivas, cumprindo operações não regulares. Dentre eles, passaram pelo Galeão "aves raras", clássicas e modernas, como o Boeing 707 do Irã, o Ilyushin IL-62 de Gâmbia, o Ilyushin IL-96 da Cubana, o McDonnell Douglas MD-87 da Suazilândia, o Boeing 747-400 da Air India, o Boeing 747-400 da Air China, o Boeing 767-200 da Air Zimbabwe, o Boeing 767-300 da Ethiopian, o Boeing 777-200LR da Turkmenistan, o Boeing 777-200LR da Ceiba Intercontinental, o Airbus A330-300 da Garuda Indonesia, o Airbus A340-300 da SriLankan, entre muitos outros.

A Rio+20, como ficou conhecida a conferência, serviu como teste bastante fiel para os eventos que estão por acontecer nos próximos anos no Brasil, em particular a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio de 2016. O aeroporto do Galeão registrou a maior movimentação de aeronaves de sua história e o fator preponderante para o sucesso dessa grande operação, além das restrições impostas previamente, foi o esforço conjunto entre a Infraero, a Força Aérea Brasileira (FAB) e empresas de suporte ao voo que atuam no Galeão.

A Infraero gerenciou a movimentação das comitivas que chegaram em voos regulares e dispôs em áreas remotas e taxiways interrompidas as dezenas de aeronaves extras que ocuparam a área do aeroporto durante o evento, sem prejuízo à operação regular. A Base Aérea do Galeão recebeu as dezenas de comitivas e chefes de estado que chegaram ao Rio em voos oficiais não regulares coordenando a logística, a segurança e as burocracias envolvidas num evento desse porte. Paralelamente, empresas de apoio ao voo disponibilizaram seus equipamentos e atuaram em cooperativa, como uma empresa única, o que aumentou a eficiência e a rapidez nos atendimentos às aeronaves.

JOSÉ LUIZ SALGUEIRO JÚNIOR
Ilyushin IL-62 da Gâmbia
JOSÉ LUIZ SALGUEIRO JÚNIORJOSÉ LUIZ SALGUEIRO JÚNIOR
Boeing 747 do governo da Coreia do SulAirbus A310 da Fuerza Aérea Espanhola

José Luiz Salgueiro Júnior, Do Rio De Janeiro
Publicado em 11/07/2012, às 11h47 - Atualizado em 27/07/2013, às 18h45


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