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Por menos impostos

Associação Internacional de Transporte Aéreo critica política de preços de combustíveis no Brasil

Para Iata, greve dos caminhoneiros levanta questões sobre custo do querosene de aviação; segundo a entidade, as companhias aéreas pagam pelo QAv no país mais do que quase qualquer outro lugar do mundo


A Associação Internacional de Transporte Aéreo se pronunciou sobre a greve dos caminhoneiros no Brasil que vem afetando os aeroportos do país. Para Peter Cerda, vice-presidente regional da IATA para as Américas, a paralisação rodoviária no Brasil destaca a importância vital de um fornecimento confiável de combustível de aviação para o bem-estar do país. “A aviação tem uma participação importante na economia brasileira, garantindo 1,1 milhão de empregos e 1,4% do PIB do país. Mas, sem combustível, esses benefícios não podem ser realizados”, disse.

Na avaliação do executivo da Iata, essa crise também levanta questões mais amplas sobre as políticas de combustível do Brasil e se elas estão gerando o melhor resultado para a população e as empresas do país. “Devido às políticas do governo, as companhias aéreas pagam pelo combustível de aviação no Brasil mais do que quase qualquer outro lugar do mundo”.

Peter Cerda cita como exemplo as diferenças entre o Brasil e o Golfo do México. “Embora o Brasil importe menos de 10% de seu combustível de aviação, o preço do combustível se equipara ao preço de importação do Golfo do México”, diz. “A política de preços de paridade de importação do Brasil aumenta cerca de 660 milhões de dólares por ano na conta das companhias aéreas. Além disso, o Brasil tem um dos ICMS mais altos sobre o combustível doméstico (19% em média). No Estado de São Paulo, o maior mercado de transporte aéreo do Brasil, o ICMS é de 25%”.

Para a Iata, a remoção da carga pesada imposta pelos custos do combustível na aviação e nas viagens aéreas estimulará a economia brasileira e tornará as empresas brasileiras mais competitivas nos mercados mundiais.

Redação
Publicado em 25/05/2018, às 09h37 - Atualizado às 10h20


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