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Crescimento acelerado

Frota da América Latina de jatos de grande porte mais que dobrará em 20 anos

Segundo estudo da Airbus, serão entregues na região pelo menos 2.500 aeronaves até 2034


A América Latina deverá ter uma demanda de cerca de 2.540 novos aviões até 2034 para atender ao crescimento de longo prazo na região. É o que revela a última edição do Global Market Forecast (GMF) realizado pela Airbus. 

O estudo aponta que a demanda inclui 1.990 aviões narrow-body e 550 wide-body, com valor estimado em US$ 330 bilhões. Essa demanda significará que a frota de aviões de passageiros e cargas operados pelas companhias aéreas da região mais que dobrará nos próximos 20 anos, atingindo quase 3.000 aeronaves. De acordo com o levantamento, o tráfego na América Latina crescerá em uma média de 4,7% ao ano nos próximos 20 anos, mantendo a expectativa de se manter acima da média mundial, que é de 4,6%. O que coloca as empresas aéreas da região entre os três grupos de companhias aéreas de crescimento mais rápido do mundo. Além disso, os passageiros da região terão um papel importante no incentivo ao crescimento do tráfego, fazendo em média mais que o dobro de voos até 2034 do que fazem atualmente.

 “Até 2034, nove das 91 megacidades do mundo estarão na América Latina, o que torna a região um mercado emergente líder mundial em aviação. No longo prazo, estamos otimistas com o panorama para a América Latina enquanto ela expande sua presença de aviação no cenário mundial”, afirmou afirma Rafael Alonso, presidente da Airbus para América Latina e Caribe durante a apresentação do GMF, durante a FIDAE (Feria Internacional del Aire y del Espacio), que acontece no Chile.

Atualmente, o mercado de longo alcance apresenta uma oportunidade sólida para companhias aéreas latino-americanas retomarem sua participação no segmento internacional. Hoje, as principais operadoras europeias e norte-americanas transportam a maior parte do tráfego intercontinental da região. Segundo a GMF, os fluxos de tráfego internacional entre América do Sul e Europa Ocidental e entre América do Sul e Estados Unidos deverão estar entre os maiores no mundo até 2034.

Da mesma forma, o mercado inter-regional e doméstico na América Latina também tem um grande potencial de crescimento, já que o tráfego pode praticamente triplicar nos próximos 20 anos, crescendo a uma taxa favorável de 5,3%.

Um dos destaques da região continuam sendo as operadoras de baixo custo (LCC) representam quase 40% do mercado atualmente. Antes concentrado exclusivamente no Brasil e no México, o modelo LCC emergiu em outros mercados essenciais como Colômbia e Chile.

Com quase 1 mil aeronaves vendidas e um backlog de mais de 400, mais de 600 aviões Airbus estão em operação na América Latina e Caribe. Desde 1990, a Airbus conta com 63% das ordens líquidas na região e, somente nos últimos 10 anos, a Airbus triplicou sua frota em serviço.

Redação
Publicado em 30/03/2016, às 09h50 - Atualizado às 09h51


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