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Airbus e Rolls-Royce estudam A380neo

Empresas podem formalizar acordo ainda em 2015


A Airbus após receber diversos questionamentos sobre o futuro do A380, que não obteve nenhuma venda em 2014, está prestes a formalizar um acordo com a Rolls-Royce para o desenvolvimento de um novo motor para o modelo.

A Airbus estuda o lançamento do A380neo e do A380-900, esse último uma versão estendida com capacidade superior aos 700 passageiros.

O acordo com a Rolls-Royce, ainda que esteja em fase inicial, prevê o desenvolvimento de uma nova geração de motores para o A380. Entre os estudos estão uma versão derivada do Trent XWB, criado para o A350 XWB, ou novo membro da família Trent 7000, que será utilizado no A330neo.

O custo estimado apenas para o desenvolvimento do A380neo é na ordem de US$ 2,5 bilhões, o que é considerado, pelo mercado, extremamente alto para o potencial de vendas do modelo. No entanto, a Emirates Airline, a maior operadora do A380, afirmou recentemente que poderia colocar um pedido para aproximadamente 70 novos A380neo, além dos 50 A380-800 encomendados durante o Dubai Air Show 2013. O que viabilizaria o desenvolvimento de uma nova geração do A380 e garantiria a produção das duas versões por mais alguns anos.

Um dos desafios para a Airbus seria de ordem técnica, pois será necessário reprojetar a estrutura das asas do A380neo, já que os novos motores serão mais pesados e possivelmente com diâmetro ligeiramente maior que os atuais

A Engine Alliance, joint-venture entre a GE Aviation e a Pratt & Whitney, responsável pelo GP7000, atualmente o motor mais poular do A380, afirma que não possui nenhum plano para desenvolver uma nova geração de motores. Um dos motivos é o elevado custo para o desenvolvimento de uma nova geração de motores, capaz de atender a meta da Airbus de economia entre 10% e 12% no consumo de combustível. De acordo com A Engine Alliance, o desenvolvimento de um novo motor para um segmento restrito, como o A380, é financeiramente inviável.

Caso a Airbus desenvolva o A380neo, é provável que apenas um fabricante de motores seja escolhido, pois além de reduzir os riscos, permite uma maior segurança financeira para todos os envolvidos no projeto.

Redação
Publicado em 16/12/2014, às 16h00 - Atualizado às 16h05


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